O HMTJ iniciou, na semana passada, um “Mutirão de Oclusão de CIA”, utilizando o CIB-SUS/MG, um recurso do Plano Estadual de Redução de Filas de Cirurgias Eletivas do Estado de Minas Gerais que está permitindo realizar cirurgias minimamente invasivas em pacientes que, em geral, não teriam acesso ao tratamento pelo Sistema Único de Saúde.

A Comunicação Interatrial (CIA) é uma cardiopatia congênita que se caracteriza pela comunicação anormal entre os átrios do coração. É uma malformação que ocorre durante o desenvolvimento do coração, ainda no útero, entre as mais frequentes doenças que decorrem de anormalidades na estrutura do coração. Dependendo do tamanho, a CIA pode se fechar espontaneamente. Nos casos em que o fechamento não ocorre, pode ser necessária cirurgia. E o tratamento percutâneo de oclusão da CIA é o mais indicado. Ele é feito através da inserção de um cateter em uma veia que chega até o coração, onde é inserida uma prótese que oclui o orifício entre os átrios.

Nesta ação inédita em Juiz de Fora, envolvendo as instâncias da saúde municipal, estadual e federal o subsídio concedido (Deliberação CIB-SUS/MG Nº 4.569, de 30 de janeiro de 2024) e com apoio de fornecedores de insumos para a área, o Setor de Hemodinâmica do HMTJ conseguiu realizar os dois primeiros casos, de um menino de 3 anos e de um jovem de 19 anos.

Os pacientes foram previamente triados pelo Serviço de Cardiologia Pediátrica do HMTJ para esta cirurgia eletiva e nestes primeiros casos, a equipe da Hemodinâmica composta pelos cardiologistas intervencionistas Gustavo Ramalho, Leandro Pimentel e Gibran Bhering contaram com o apoio inestimável do experiente cardiointervencionista especializado em cardiopatias congênitas, Dr. Edmundo Clarindo de Oliveira, de Belo Horizonte.

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