Mestre, médico, pesquisador, Dr. Amaury Teixeira Leite Andrade, um ser humano diferenciado, significa uma perda imensa para Juiz de Fora e para a Medicina. Seu currículo tem um enorme peso para a história da Ginecologia e da Obstetrícia mundial, pois como entusiasta da Ciência, não só foi idealizador do Centro de Biologia da Reprodução da UFJF, em 1970, como realizou pesquisas para a Organização Mundial da Saúde (OMS) nas áreas de reprodução, fertilidade, contracepção e planejamento familiar. Como médico, formado na década de 1950, pela UERJ, fez três anos de residência nos Estados Unidos, e foi um vanguardista em todas as instâncias de sua especialidade. A Maternidade Therezinha de Jesus, criada por seu pai (Dr. Dirceu de Andrade) foi a primeira maternidade de Juiz de Fora e sempre foi uma entidade filantrópica. Ele só conviveu profissionalmente com o pai por oito anos, mas deu continuidade a um projeto que assumiu ainda jovem, não só em sua gestão, mas por vários anos sendo o único médico.
A entidade, que já é quase centenária, antes de virar hospital geral foi responsável por mais de 150 mil partos. Só o Dr. Amaury realizou em torno de 10 mil. Seu endereço anterior, na rua Padre Café no bairro São Mateus, foi fundado em paralelo às Obras Sociais Santa Mônica, conduzidas pela mãe dele, D. Marília, que atendia gestantes solteiras, que há cerca de quatro, cinco décadas eram consideradas párias na Sociedade.
A humanidade do médico Amaury, o levou a manter a Maternidade, construindo o prédio original do atual Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, na avenida Itamar Franco, que geriu por mais de 20 anos, até a parceria com a Faculdade Suprema. Ele foi se afastando da rotina por questões de saúde, mas sempre lúcido, continuou estudando, se manteve na cadeira de Obstetrícia da Suprema, depois de se aposentar da UFJF, e como membro do Conselho Consultivo do HMTJ ainda participou da última assembléia.
Dr. Ricardo Campello, que cultivou uma amizade com Dr. Amaury por muitas décadas, como médico desde o endereço da Padre Café e depois assumindo a presidência do HMTJ em 2005, fala com orgulho desta convivência. Lembra que quando as informações ainda não eram globalizadas, era ele quem trazia do exterior as inovações médicas e as novidades da especialidade. “O centro de pesquisa que ele dirigiu ajudou muitas mulheres com a pesquisa e difusão de diversos métodos anticoncepcionais. Ele foi formador de gerações de médicos em Juiz de Fora e inspirou muitos a fazer Ginecologia e Obstetrícia. Sua importância na Medicina da cidade, de Minas Gerais e do Brasil é imensa, especialmente em sua preocupação com o planejamento familiar”. Seu nome está imortalizado dando nome ao Centro Cirúrgico do Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus.
O funcionário do HMTJ que mais conviveu com Dr. Amaury por quase 40 anos, o contador Luiz Carlos Alves, recorda dele como uma pessoa muito especial, “ele foi um dirigente muito íntegro e representou para todos da Maternidade uma experiência de vida muito rica. No tempo que trabalhei com ele, sempre nos ensinou muito. Tratava a todos com muita educação e respeito, jamais o vi exaltado, sempre foi muito ponderado.Sem dúvida uma perda não só para a Medicina. Ele era um cientista que fez diferença na vida de muitas pessoas”.
O atual Diretor-Presidente do HMTJ, Marco Antônio Guimarães de Almeida, assumiu o cargo em 2019, mas ainda teve oportunidade de conhecer e ver o trabalho de Dr. Amaury no hospital e lamenta a perda: “a Medicina, hoje, perde um incansável pesquisador que revolucionou a reprodução humana deixando um legado no Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus com a implantação do Planejamento Familiar e a idealização do Centro de Biologia da Reprodução da UFJF”.
Dr. Amaury inspirou duas grandes homenagens sobre sua trajetória impecável. Acompanhe pelos links:
https://www2.ufjf.br/noticias/2020/10/14/o-obstetra-que-fez-nascer-a-pesquisa-na-ufjf/
O 2º Simpósio de Segurança do Paciente do HMTJ, realizado dia 21 de setembro, mais uma vez superou as expectativas. Com plateia lotada e rica programação, o foco da comissão organizadora foi abranger ao máximo o enfoque multiprofissional e conseguiu. O evento contou com a presença da Gestão de Pessoas, representada pela especialista em Recursos Humanos, Raquel Oliveira e equipe, falando sobre “Processo de acolhimento a profissionais de saúde na condição de segunda vítima frente a ocorrência de incidentes”. Os fisioterapeutas Bruno Rabitte e Felipe Almeida abordaram a “Atuação do fisioterapeuta centrado na segurança do paciente crítico”. A mesa redonda demonstrou na prática “A importância da interdisciplinariedade na condução do plano terapêutico em favor da segurança do paciente”, composta por médicos (Dr. José Augusto e Igor Cangussu), enfermeiros (Fabíola Vieira), fonoaudióloga (Mariana Guedes), farmacêutica (Allana Carvalho), nutricionista (Renata Liguori), assistente social (Gleid Moreira), psicóloga (Izabella Liguori), fisioterapeuta (Bernardo Mattos), além da Ouvidoria, representada por Maria Cláudia. Além disso, a programação contou com o peso da presença virtual de Vitor Grabois, presidente da Sociedade Brasileira de Segurança do Paciente (Sobrasp), falando dos 10 anos do Plano Nacional de Segurança do Paciente. O presidente do Conselho Diretivo do HMTJ e anestesiologista, Dr. José Mariano Soares de Moraes, abordou qualidade e indicadores no ambiente intrahospitalar com foco na necessidade constante pela melhoria da segurança do paciente. E, completando a última parte do encontro, os participantes ouviram o infectologista Dr. Higor Teixeira de Almeida falando sobre bactérias multirresistentes, a dentista Dra. Thalyta Zouain, que abordou o protocolo da saúde bucal e seu impacto sobre a prevenção da PAV, e a farmacêutica, Lívia Duarte que tratou sobre protocolo de TEV como estratégia de melhoria na segurança do paciente. Foi, de fato, um grande sucesso. Parabéns a toda a comissão organizadora e aos participantes.
Meta da unidade hospitalar é zerar a fila desse tipo de procedimento que esteve suspenso durante a pandemia
Um dos grandes gargalos verificados na rede pública de saúde em todo o País são as filas de pacientes em busca de cirurgias eletivas. Desde 2020, com a chegada da pandemia por covid-19, a demanda por cirurgias eletivas aumentou consideravelmente em todo o País, principalmente devido à paralisação temporária dessas intervenções.
No HMT, unidade com cobertura prioritária SUS, o número de procedimentos eletivos no centro cirúrgico aumentou consideravelmente nos últimos meses alcançando a marca de 443 cirurgias sendo 320 cirurgias de urgência e 123 cirurgias eletivas como procedimentos pediátricos, ortopédicos, gerais e de Proctologia. E o mais importante, conforme destaca a coordenadora de Bloco Cirúrgico e Centro de Material e Esterilização do HMT, Iolanda Ferreira, é que por enquanto não existem mais crianças na fila para cirurgia-geral pediátrica.
De acordo com o diretor Belmiro Costa o Hospital e Maternidade de Timóteo vem registrando uma movimentação muito importante com a retomada e ampliação das cirurgias eletivas. Com a intensificação desse tipo de procedimento, o HMT resolve uma demanda que já vinha sendo pleiteada pela Prefeitura de Timóteo e pela própria população.
São dezenas de cirurgias em várias especialidades médicas que vêm sendo feitas para resolver uma demanda que estava represada. Ele aproveita para pedir compreensão à população haja vista que a meta é zerar a fila para cirurgias eletivas. “Essa iniciativa faz parte das ações humanizadas e inclusivas que o HMT vem adotando em benefício da população”, citou.
O senhor Anísio Aparecido Drumond Araújo, morador do bairro São José, em Timóteo, por exemplo, estava bastante satisfeito com a operação cirúrgica que realizou. Ele precisou se submeter a uma cirurgia de hérnia e por meio do atendimento recebido de médicos e enfermeiras ele explica que ficou mais tranquilo e seguro. “Gostaria de parabenizar aos profissionais do hospital de Timóteo pela atenção. A cirurgia foi um sucesso e só tenho que agradecer o suporte que recebi”, destacou.
O Hospital e Maternidade de Timóteo (HMT), em Minas Gerais, recebeu a primeira sinalização da metodologia 5S, projeto desenvolvido pela certificadora MFC – responsável pela certificação de hospitais no Brasil que assegura o grau de segurança e qualidade em instituições hospitalares. A MFC é uma consultoria especializada em gestão de qualidade de pessoas e o Projeto 5S é uma metodologia de gestão baseado no modelo japonês que visa melhorar a organização, a produtividade e a segurança dos ambientes de trabalho.
A sinalização – que é a primeira etapa do processo – foi concluída nesta semana e teve como objetivo verificar a aplicação e sistematização dos atributos do Projeto 5S no HMT. De acordo com a certificadora, os resultados foram “muito positivos e promissores”. Conforme explica o diretor da MFC, Maurício Cavalcanti, os colaboradores da instituição demonstraram “total compromisso e motivação na melhoria dos processos e serviços que fazem parte da sistemática de trabalho”. “Estamos muito satisfeitos com os resultados obtidos no HMT”, resume o diretor da MFC, Mauricio Cavalcanti.
A enfermeira Juliana Magalhães Oliveira, responsável pelo Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente, destaca que a implantação do modelo 5S traz diversos benefícios ao HMT e, consequentemente, aos usuários da unidade hospitalar localizada no bairro Timirim, em Timóteo. “O tempo é importante quando se trata de cuidar de vidas, sobretudo no setor de urgência e emergência. Com o hospital mais organizado e o pessoal mais preparado temos condições de prestar um atendimento mais ágil e resolutivo”, pontua Juliana.
Segundo ela, as mudanças realizadas nas dependências do HMT são bastante perceptíveis e podem ser notadas no ambiente do hospital como um todo pois ele está mais limpo, sinalizado e ordenado. Isso tem impactado diretamente no atendimento à população. “Graças ao empenho de toda a equipe conseguimos alcançar as metas propostas nessa etapa do programa o que garante uma qualificação ainda maior na parte assistencial assegurando, no final das contas, a satisfação dos serviços prestados aos usuários do HMT”, destaca a enfermeira Juliana.
Quem também comemorou a superação da primeira etapa do programa foi o Coordenador Administrativo do HMT, Matheus Ferraz. Para ele, sem o esforço e a dedicação de cada colaborador e a união de todas as equipes seria mais complexo alcançar a meta estabelecida. “Ficamos muito contentes com o resultado positivo da primeira etapa e na segunda continuaremos empenhados, pois a melhor parte do 5S é transformar toda essa organização em um melhor atendimento aos nossos pacientes e acompanhantes”, enfatizou Matheus Ferraz.
A maternidade do hospital é referencia para Timóteo, Coronel Fabriciano e cidades adjacentes, tendo realizado do dia 11 de abril até o dia 31 de julho 173 partos. A unidade preconiza o parto normal, sendo que 86 dos nascimentos de 2023 aconteceram de forma natural. O hospital possui 6 leitos na habilitados na maternidade, além de centro cirúrgico com 6 salas e sala de assistência ao recém-nascido, além do setor de UTI Pediátrica, com 10 leitos altamente preparados para eventuais necessidades e prestar com suporte de primeira assistência as crianças quando necessário.
Ana Carolina, uma mãe recentemente beneficiada pelo atendimento no Hospital e Maternidade de Timóteo, compartilhou uma experiência satisfatória. Sua visita à unidade ocorreu na segunda-feira, 14/08, véspera de um feriado. A paciente chegou ao hospital com 3 centímetros de dilatação e foi prontamente internada, marcando o início de sua jornada rumo à maternidade.
Ana expressa: “Agradeço o comprometimento e carinho demonstrados pelos funcionários do hospital. Tanto os médicos quanto as enfermeiras estiveram presentes em cada etapa, proporcionando um apoio tão caloroso quanto o de uma família. A sensação de segurança que experimentei no hospital é algo que nunca havia sentido antes”, comentou.
Hoje, com seu filho tendo apenas 9 dias de vida, ela acrescenta: “O parto foi normal, e à medida que o atendimento prosseguia, minha confiança só aumentava. Mesmo sendo meu primeiro filho, encarei o parto com tranquilidade, graças à equipe atenciosa e ao ambiente acolhedor.”
“É crucial lembrar que, embora não possua plano de saúde, Ana teve todos os seus custos cobertos pelo SUS. O atendimento que ela recebeu não se diferenciou em nada de um atendimento particular”, afirmou Belmiro Costa, Diretor do Hospital.
O Hospital e Maternidade de Timóteo recebeu com alegria os comentários da nova mãe, Ana Carolina, que vivenciou um atendimento de alta qualidade prestado por sua equipe. No entanto, isso não diminui a busca constante pela melhoria contínua no atendimento àqueles que mais necessitam. A instituição permanece firmemente comprometida em proporcionar os melhores cuidados possíveis a todos os seus pacientes.
O Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus recebeu Ouro no Prêmio Angels (WSO Angels Awards). A classificação é mundial e reconhece hospitais de alto desempenho que registraram e forneceram consistentemente dados que ajudarão na pesquisa e na identificação de pontos de melhoria no tratamento de pacientes com AVC (Acidente Vascular Cerebral). O HMTJ, que já tem o credenciamento na Iniciativa Angels desde 2022, está orgulhoso de ter alcançado o status Gold no WSO Angels Awards 2023, sendo, por isso, formalmente reconhecido em conferências regionais anuais com a participação de importantes especialistas na área.
A iniciativa Angels está construindo uma comunidade global de centros de AVC, trabalhando todos os dias para aumentar o número de pacientes tratados em hospitais prontos para AVC e para otimizar a qualidade do tratamento para cada paciente com AVC. A cada 30 minutos, um paciente com AVC que poderia ter sido salvo, morre ou fica permanentemente incapacitado, porque foi tratado no hospital errado, e queremos fazer uma mudança positiva.
A indexação de dados numa plataforma própria da iniciativa classifica critérios internacionais de cada atendimento, adequando os indicadores em cada nível de premiação. O principal objetivo é a melhoria do atendimento e incentivo ao registro de informações, sendo os demais níveis Platina (Plantinum) e Diamante (Diamond). A avaliação é trimestral e a conquista do HMTJ, neste segundo trimestre, é significativa, pois o Therezinha foi o único hospital 100% SUS que recebeu o prêmio, com a maior pontuação e a melhor classificação de Minas Gerais, sendo que o outro hospital conseguiu Gold, na região, do setor privado. Os critérios são rigorosos: se só um índice entre os avaliados tiver um dado inferior aos parâmetros previstos toda a pontuação é rebaixada. Mas há um índice que independe dos acertos do hospital no processo, pois considera o desempenho de toda a rede e do número de trombolizações, o que também varia conforme as condições do paciente para fazer este procedimento. No país, apenas um hospital conquistou Diamond neste trimestre.
HMTJ – O Hospital e O Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus agora é a referência no tratamento do AVC agudo pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Juiz de Fora e macrorregião Sudeste, desde 2020. A habilitação prevê atenção de média e alta complexidade, incluindo o custeio do medicamento para realização da trombólise. O HMTJ disponibiliza leitos específicos de UTI na assistência intensiva e leitos de enfermaria para recuperação dos pacientes. Os casos atendidos são recebidos por equipe treinada pela entrada de urgência e emergência, no entanto, regulada exclusivamente pelo sistema SUS Fácil.
AVC – Principal causa de morte no país, o AVC também é uma causa importante de incapacidade quando o paciente sobrevive ao problema, com um grande impacto econômico e social, afetando não apenas o paciente, mas toda a família.
A cada 30 minutos, um doente de AVC que poderia ter sido salvo, morre ou fica com incapacidade permanente, porque foi tratado no hospital errado. No Brasil, há 150 hospitais mobilizados na iniciativa Angels, entre eles o HMTJ. No restande do mundo há outros 2800 centros de referência para ajudar a mudar esta estatística.
O AVC tem prevenção e tratamento altamente efetivos, mas existe uma enorme falha de implementação na prática daquilo que se conhece na teoria e foi comprovado nos estudos clínicos. A implementação de programas de AVC se faz de extrema urgência, além do reforço constante de informações para prevenção e, em caso de ocorrência, a identificação e o atendimento o mais rápido possível
Quatro dias desta semana, de 19 a 22 de junho, foram de muita música e alegria no HMTJ. Mais uma vez, realizando a campanha “O que importa para você?”, a comissão organizadora mobilizou muita gente, contando com total apoio da instituição para sua realização. E a receptividade do paciente e do acompanhante é sempre comovente. Eles tiveram dois dias dedicados a eles, com “dia de beleza” e puderam pedir músicas quando a equipe, acompanhada de músicos voluntários, percorreu todas as unidades de internação, inclusive UTI, Centro de Parto Normal e o PAI (Pronto Atendimento Infantil). Além da decoração, este anos painéis mostraram relatos de experiências marcantes que viveram com os pacientes.
O movimento é mundial e ganhou visibilidade com a percepção de que, no processo do cuidado centrado no paciente, mudamos a pergunta de “qual é o problema?” para “o que importa para você?”. A adesão do HMTJ teve início em 2019, e todo ano tentamos aprimorar a campanha em junho, para envolver cada mais pessoas no propósito de institucionalizar o pensamento, a ação, a assistência diferenciada e cada vez mais humana.
Como nos outros anos, as ações envolveram os funcionários também, que além de sensibilizados com a proposta uma semana antes, foram alvo da das atividades. Os dois últimos dias da campanha foram dedicados a eles, com música no refeitório no horário do almoço e do jantar e distribuição de frases em pirulitos de coração e convidados a responder nos painéis a pergunta: foi “o que o impulsiona?”.
Isso porque o objetivo da campanha no HMTJ é ir além da humanização, é apurar a escuta do profissional, fazê-lo ter um olhar individualizado para as necessidades do paciente, saindo de uma assistência rotineira, para o cuidado diferenciado, preocupado com a pessoa, não só com sua doença.
Um acréscimo neste ano, realizado na semana passada foi a implantação do Prontuário Afetivo na Unidade de Internação 6. Em um quadro, sobre o leito do paciente, as informações sobre como ele gosta de ser chamado, música preferida e outros dados pessoais, visam a individualização da assistência pela equipe multiprofissional.
Implantação do Prontuário Afetivo na unidade de internação
Música e dia de beleza para pacientes nos dois primeiros dias da ação
Almoço e jantar diferentes para os colaboradores e a pergunta que os envolve na campanha: “o que te impulsiona?”
Em maio, o Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, com a mesma equipe que atua no Monte Sinai foi reconhecido como Credenciado e Acreditado, categoria Prata, pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT).
A SBCT lançou o desafio no ano passado e os Centros de Formação em Cirurgia Torácica de todo o país foram convidados a se submeterem à auditoria e classificação da Comissão Permanente de Educação, Ensino e Pesquisa (CEP) da entidade. O objetivo principal foi o de avaliar as Residências Médicas, Serviço de Pós-Graduação Lato Sensu ou Serviço de Estágio ou Pós-Graduação em Cirurgia Torácica, avaliando as condições dos hospitais terem propedêutica, complexidade das operações realizadas, histórico cirúrgico e classificação para oferecerem residência médica e especializações na formação de especialistas em cirurgia torácica.
No país, 26 serviços foram reconhecidos, sendo apenas cinco na classificação Ouro, dentre eles o Incor e a Santa Casa de Porto Alegre. Os demais serviços ficaram inseridos como Prata, categoria do HMTJ, e quase metade deles na categoria bronze.
A equipe de cirurgia torácica dos dois hospitais, composta pelos especialistas João Paulo Vieira, Eveline Montessi, Guilherme de Abreu Rodrigues, além de Edmilton Pereira de Almeida, escolheram Jorge Montessi para representar o grupo na entrega oficial do diploma e troféu, durante o XXIII Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. Ele destacou a importância deste reconhecimento para o trabalho pioneiro e de excelência da equipe nos dois hospitais e lembrou que o HMTJ foi diplomado por ser o Centro de Formação em Cirurgia Torácica de atuação, que é o foco desta acreditação. “É uma honra fazer parte desta primeira classificação referenciada por uma Sociedade do porte e seriedade da SBCT”, reforça Montessi.
O Pronto Atendimento Infantil (PAI), desde 13 de abril, passou a funcionar no prédio do Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus numa parceria público-privada. A Prefeitura de Juiz de Fora continua fornecendo a assistência aos pacientes e o HMTJ passa a disponibilizar o espaço, proporcionando um ambiente mais seguro e humanizado tanto para os profissionais como para os pacientes e seus acompanhantes.
A mudança, prevista em um Termo de Compromisso firmado entre o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Prefeitura, previa adequações ao atendimento, entre elas o regular funcionamento 24 horas. O processo foi realizado por intermédio da Secretaria de Saúde (SS), com a abertura do Edital de Chamamento Público n.º 004/2022, cujo objetivo foi selecionar uma entidade que pudesse ofertar novas instalações físicas com integração a uma retaguarda hospitalar. O HMTJ atendeu a todos os requisitos e firmou o convênio.
Na solenidade, com muitas autoridades presentes da Prefeitura, da Câmara Municipal, órgãos ligados à Saúde, participação do Conselho de Administração do HMTJ, funcionários e convidados, foi destacada a importância da integração da assistência infantil, que no novo PAI ganha apoio de diagnóstico mais rápido, acesso a exames laboratoriais de imagem em menor tempo e sem necessidade de deslocamento de pacientes e amostras, e a possibilidade de internação para casos graves sem a exigência de transferência. Um convênio anterior com a PJF garantiu ao HMTJ a efetivação de mais dez leitos de UTI pediátrica e neonatal, somadas às dez anteriores já existentes. O Hospital também disponibiliza 13 leitos de internação pediátrica.
Nas novas instalações do PAI há 3 consultórios, sala de triagem, sala de medicação, 11 leitos de observação, sendo 2 leitos de isolamento totalmente equipados e sala de raios-X. A equipe assistencial conta com os profissionais que já atendiam na antiga unidade, sendo 21 médicos, 12 técnicos de Enfermagem e 7 enfermeiros. O HMTJ participa da assistência com supervisão de Enfermagem e sob orientação da coordenadora médica da Pediatria e UTI Neonatal do HMTJ, Gyane Groppo. Além de equipe de Recepção e Higiene e Limpeza.
O desafio do novo momento é enorme, pois a nova instalação foi aberta no auge de uma altíssima demanda por atendimento e internação infantil, em função de síndromes respiratórias típicas da estação, agravadas no período pós-Covid. A gravidade da situação não é só do Sistema Único de Saúde, mas vale lembrar que Juiz de Fora é pólo da macrorregião que atende a dezenas de cidades na Zona da Mata e Vertentes.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças alérgicas comprometem aproximadamente um terço da população mundial, o que evidencia uma grande necessidade de se formar especialistas na área. Cobrindo uma lacuna, a partir de 2024, o estado de Minas ganha seu primeiro programa de residência médica em Alergia e Imunologia Clínica, no Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ).
“Esta é uma grande conquista do serviço de alergia e imunologia clínica do hospital, que já é referência para o tratamento de doenças alérgicas e imunológicas em Juiz de Fora há dez anos”, destaca Dr. Fernando Aarestrup, especialista na área e supervisor do programa no HMTJ.
Ele destaca que o hospital também atende pacientes do interior de Minas e de estados vizinhos que chegam em busca de um atendimento especializado pelo SUS. E reforça que esta aprovação da residência médica pelo CNRM – Conselho Nacional de Residência Médica – visa formar médicos especialistas para atender crianças e adultos com doenças alérgicas e imunológicas. Atualmente, em todo o Brasil, há apenas cerca de 1500 especialistas em Alergia e Imunologia.
Referência na especialidade
Os futuros médicos residentes irão participar de vários tipos de atendimento à população. Hoje, já existem vários ambulatórios no hospital para tratar doenças específicas. O ambulatório de alergias respiratórias atende pacientes com rinite e asma, sendo o serviço de referência para o tratamento de casos de asma grave na Zona da Mata mineira. O serviço de alergia do HMTJ é referência mundial para o tratamento de urticárias fazendo parte de uma rede de centros de pesquisa e assistência chamada UCARE. Os ambulatórios também atendem outras doenças como dermatite atópica, imunodeficiências primárias e dermatite de contato alérgica.
“Por ser uma residência médica reconhecida, os médicos ao terminarem sua formação terão direito imediato de obter o RQE (Registro de Qualificação de Especialista) concedido pelo CRM (Conselho Regional de Medicina). O pré-requisito para o médico fazer residência em Alergia e Imunologia é ter residência prévia em Clínica Médica. No final de duas residências com dois anos de duração cada, formamos um especialista em Alergia e Imunologia preparado para atender crianças e adultos com doenças alérgicas e imunológicas”, explica Dr. Fernando.